
EUA — Na última semana, um atrito público entre o ex‑presidente Donald Trump e Elon Musk, fundador da SpaceX, colocou em alerta as agências espaciais dos EUA. Trump ameaçou cancelar contratos da SpaceX, e Musk reagiu afirmando que poderia desativar a cápsula Dragon, essencial para levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) — o que depois foi negado por ele.
Esse confronto expôs um risco agudo: a forte dependência da NASA e do Pentágono à SpaceX. Diante desse cenário, ambas as instituições iniciaram sondagens com outras empresas do setor espacial, incluindo Rocket Lab, Sierra Space, Blue Origin e até a Boeing, com sua cápsula Starliner — ainda em fase de certificação.
Por que a mudança é estratégica?
- Redução de riscos: evitar riscos de interrupção em missões críticas como transporte de tripulação à ISS e lançamentos de satélites militares.
- Competição no mercado: estimular outras empresas a acelerar o desenvolvimento de alternativas robustas.
- Programas futuros: projetos ambiciosos como o “Golden Dome” — sistema de defesa contra mísseis — exigem um ecossistema industrial diversificado.
O que esperar em breve
A NASA e o Pentágono já formalizaram contatos com Rocket Lab, Sierra Space e Blue Origin para avaliar prazos, capacidades técnicas e prontidão operacional.
Enquanto isso, representantes do Pentágono reforçam que promover uma base industrial espacial mais ampla melhora a segurança nacional e reduz riscos políticos — iniciativa elogiada mesmo por analistas que veem a crise como um alerta para a fragilidade de depender de um único fornecedor.