Pedala Ambiental Indígena reúne 100 ciclistas de diversas etnias em Manaus

O percurso de 10 km, partiu da Estrada do Tarumã em direção à comunidade Parque das Tribos II.

MANAUS — O Governo do Amazonas, por meio da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), uniu a tradição milenar dos povos indígenas com a modernidade das bicicletas. O Pedala Ambiental Indígena, realizado na manhã deste sábado (20/04) como parte das celebrações do mês dos povos indígenas, reuniu cerca de 100 ciclistas de diferentes etnias em um percurso de 10 km, partindo da Estrada do Tarumã em direção à comunidade Parque das Tribos II.

“A ação não apenas destacou a importância histórica e contemporânea da bicicleta na vida dos povos indígenas, mas também promoveu a conscientização ambiental e incentivou a prática de atividades físicas em harmonia com a natureza”, afirma o diretor-presidente da Fepiam, Nilton Makaxi.

Dentre as etnias participantes estavam Mura, Kokama, Kambeba, Munduruku, Sateré-Mawé, Baré, Wai-Wai, Kaxinawa, Apurinã e Guarani Kaiowa, demonstrando a diversidade cultural e étnica presente.

O passeio ciclístico com indígenas contou o apoio de diversos movimentos ciclísticos locais, como Pedala Livre, Bunitões Bike, Speed Bike e Clube Fat Bike Manaus, que se uniram para promover não apenas a prática esportiva, mas também a integração social e cultural.

“Ao pedalarmos juntos, estamos não só fortalecendo laços de amizade e solidariedade, mas também mostrando ao mundo a importância de respeitar e preservar a cultura e os direitos dos povos indígenas”, afirma Fernando Barroso, líder do movimento ciclístico Pedala Livre.

Ao chegar ao destino, a comunidade Parque das Tribos II, os participantes foram recebidos com uma série de atividades sociais e de saúde, proporcionando serviços como embelezamento, massagem, corte de cabelo, atendimento médico geral, ações de cidadania com atendimento ao público como a emissão de certidão nascimento e a carteira do artesão, além da exposição e venda de artesanato indígena.

A Ação Social Indígena, como foi denominada, teve o suporte de instituições como o Instituto Imibre, UEA e secretarias estaduais, incluindo a Sedecti por meio da Setemp e Sejusc por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos.

Além do aspecto esportivo e social, o evento incluiu um importante gesto simbólico de preservação ambiental: o plantio de mudas, reforçando o compromisso dos povos indígenas com a conservação da natureza.

“O Pedala Ambiental Indígena se revelou não apenas como uma iniciativa pioneira, mas como um exemplo inspirador de como a bicicleta pode ser uma ferramenta de conexão entre culturas, de promoção da saúde e do bem-estar, e de defesa do meio ambiente”, conclui o diretor-técnico, Joabe Leonam.