Passageira leva soco após desistir da viagem e pedir dinheiro de volta

Agressor foi cobrador de micro-ônibus da linha Zumbi-Grande Vitória. | Foto: Divulgação

A vendedora ambulante G.P, 30, foi agredida pelo cobrador de um micro-ônibus alternativo da linha Zumbi-Grande Vitória (placa OAA-1838, registro 0311/125-A) no início da noite de terça-feira (25), na avenida Grande Circular, Zona Leste de Manaus. O rapaz teria desferido um soco no olho direito da vítima depois que ela solicitou a devolução do dinheiro da passagem.

A vendedora, que trabalha numa calçada próxima ao supermercado Vitória (antigo shopping Grande Circular), pegou o veículo por volta das 19h. Ela foi orientada pelo motorista a entrar pela porta traseira e entregou o dinheiro da passagem, mas a catraca não foi girada.

“Eles têm o hábito de ficar parados por alguns minutos, chamando o pessoal que fica nos pontos”, disse a jovem. “Nesse intervalo, percebi que havia esquecido uma bolsa. Então pedi ao cobrador que devolvesse o dinheiro, pois precisava descer, mas ele me ignorou”, explicou a vítima. O pedido foi reiterado várias vezes, sem resultado. A certa altura, o cobrador se inclinou e atingiu o rosto da vendedora com um soco.

“Depois ele se levantou e ficou parado atrás do motorista”, lembra ela. A situação motivou protestos de alguns passageiros, porém o motorista prosseguiu a viagem. Apesar da dor, a vendedora resolveu contatar a irmã e o cunhado, que exerce a função de cabo da Polícia Militar e recomendou que a denúncia fosse encaminhada ao 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP), unidade que atende a área.

“Ao chegar à bola do São José, o cobrador mandou que os passageiros descessem e entrassem no ônibus que seguia atrás. Insisti, dizendo que não sairia dali, mas acabei cedendo. O outro ônibus estava vazio. Achei isso muito estranho”, acrescentou a vendedora.

Na quarta-feira (26), ela registrou boletim de ocorrência no 9º DIP e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). Uma audiência com as partes envolvidas foi marcada para o dia 2 de julho. “Estou impossibilitada de trabalhar, pois lido com o público e meu estado é lamentável”, disse a vítima. “Além disso, tenho medo de voltar ao local”.

A reportagem de A CRÍTICA tentou registrar o posicionamento da Cooperativa de Transporte Coletivo Alternativo (Cooptaf) a respeito do caso por meio do telefone XXXX-7351, mas as ligações não foram atendidas.

Por ACRÍTICA