Papa Francisco completa hoje 10 anos de pontificado

CRÉDITO: VATICAN NEWS/REPRODUÇÃO

O Papa Francisco celebra, nesta segunda-feira, 13 de março, dez anos de pontificado. Neste tempo, ele conseguiu acumular esses e muitos outros adjetivos – fica até complicado falar de tudo o que já fez até aqui. Muitos têm tratado esse marco como uma fase final do seu pontificado. É difícil saber: com 86 anos, boa saúde e sem vontade de renunciar, conforme já afirmou várias vezes, o argentino Jorge Mario Bergoglio pode ainda ser Papa por muito tempo.

Mas o que ele ainda deseja fazer? Francisco respondeu a essa pergunta em entrevista ao jornal argentino La Nación, publicada na sexta-feira, 10: “Sou muito realista, gosto de tocar as coisas. O desejo de nadar adiante, abrir portas. Abrir portas, isso me agrada muito. Abrir portas e caminhar nos caminhos.”

Até aqui, Papa Francisco já fez 40 viagens apostólicas, passando por 58 países, além das 36 viagens dentro da Itália. Publicou três encíclicas, a primeira, Lumen fidei, a quatro mãos com Bento XVI, em 2013, e outras duas de próprio punho: Laudato si’ (2015) e Fratelli Tutti (2020). Suas exortações apostólicas também são muito importantes: Evangelii gaudium (2013), Amoris laetitia (2016), Gaudete et exsultate (2018), Christus vivit (2019) e Querida Amazonia (2020).

Em suas audiências gerais de quarta-feira, já realizou 13 ciclos de catequese sobre temas espirituais, sobre a Ressurreição, os sacramentos, sobre São José, os dons do Espírito Santo, a Igreja como povo de Deus, a família, a misericórdia, a esperança, sobre o Pai-Nosso, o discernimento, entre outras.

É nesses documentos que ele consolida seu pensamento e seu ensinamento na história. É nas catequeses que ele fala diretamente com os fiéis sobre os temas espirituais que acredita serem relevantes. Orienta-lhes na fé. E vai continuar. Ao completar 86 anos de idade, em dezembro de 2022, o Papa Francisco foi perguntado sobre as dores no joelho, a dificuldade para caminhar e como isso lhe prejudica. Ele respondeu bem-humorado: “Governa-se com a cabeça, não com o joelho.”

Voltando no tempo, dez anos atrás, naquele discurso das congregações gerais antes do conclave, ele descreveu como deveria ser o novo Papa – sem saber, ainda, que se tratava de si mesmo: “Um homem que, desde a contemplação de Jesus Cristo e desde a adoração de Jesus Cristo, ajude a Igreja a sair de si rumo às periferias existenciais, que a ajude a ser a mãe fecunda que vive a doce e confortadora alegria de evangelizar.”