Padre que bateu em bebê durante batismo é suspenso

"Esperava acalmá-lo, não sabia o que fazer", afirmou Jacques Lacroix

O padre francês que foi filmado dando um tapa em um em um bebê está impedido de celebrar batismos e casamentos, segundo determinação da diocese de Meaux, no departamento de Seine-et-Marne, divulgada nesta sexta-feira. As imagens foram registradas durante um batismo no último dia 17 e geraram revolta nas redes sociais.

“Medidas provisórias foram tomadas pelo bispo para que o padre seja suspenso de qualquer celebração de batismo e de casamento”, disse o porta-voz da diocese de Meaux, informou o portal de notícias “Franceinfo”. “Essas medidas exigem que ele não intervenha agora e celebre as missas apenas a pedido expresso de seu superior”, acrescentou.

O sacerdote Jacques Lacroix, de 89 anos, se defendeu das acusações de internautas: “Foi entre uma carícia e um tapinha. Esperava acalmá-lo, não sabia o que fazer”.

Após a reação inapropriada de Lacroix, é possível ver que as pessoas ao redor estranham a atitude e tentam separar a criança do padre.

“Durante a missa, tudo correu bem, mas no momento do batismo, o bebê começou a chorar. Ele tem dois anos e meio, não é uma boa idade para batizar, nesta idade eles são grandinhos, então sabem que algo está acontecendo, mas ainda são pequenos demais para entender e perceber. Lá, a criança estava gritando muito e eu tive que virar a cabeça para despejar a água. Eu disse a ele ‘acalme-se’, mas ele não estava se acalmando. Tentei segurá-lo perto, contra mim para tentar acalmá-lo”, justificou o padre.

Apesar do acontecimento, o batismo foi realizado e o idoso pediu desculpas. No entanto, disse que a forma como as pessoas se manifestaram foi “desproporcional”.

“Da minha perspectiva, acho que foi um batismo normal. Não tenho nada a esconder. Mas foi mal interpretado, eu acho que a reação é desproporcional”, disse Lacroix. “Estou terminando meu ministério agora, foi o meu último batismo, há um fim para tudo”.

Para a diocese, a perda de compostura é explicada “pela idade e fadiga do sacerdote”. Mas o porta-voz afirmou também que “ela explica, mas não é desculpa”.

“Um batismo demanda muito, é muito longo”, afirmou. Extra