OS NABABOS E SEUS FEROMÔNIOS

Não sou jornalista, sociólogo e tampouco tenho qualquer outra formação relacionada com as Humanas; sou, contudo, um cidadão politizado cuja Constituição me reserva o direito de opinar a respeito de qualquer assunto elencado no estudo das Ciências Humanas.

Hoje quero explanar, sem ambiguidade, meu ponto de vista a respeito do que chamo de OS NABAB0S E SEUS FEROMÔNIOS. Tenho prestado atenção, há algum tempo, que a mídia brasileira, com raras exceções, é repetitiva e de ideologia idêntica em suas ações de veicular as notícias, relacionadas à política, economia e sociedade. Para não me alongar, vou me ater apenas as notícias veiculadas a respeito do futebol, parte do nosso convívio social diário.

É do conhecimento de toda a população do mundo o quanto o Covid-19 tem sido cruel à população brasileira e mundial. A mídia do nosso país, entretanto, faz piorar, do ponto de vista psicológico, a pandemia e consequentemente o seu estudo epidemiológico, haja vista o coro que faz às notícias veiculadas em todos os programas esportivos. É confortável aconselhar, de seus “home office”, aos trabalhadores menos favorecidos, tendo suas geladeiras, freezers e dispensas abarrotadas, para que não saiam de casa, nem para labutar e tampouco para desanuviar a tenção do estresse emocional causado pela pandemia.

As notícias, negativas, são repetidas todos os dias entre os órgãos de imprensa, como cantilena, ao odor do feromônio humano, tal qual as formigas que captam a substância química e seguem, uma a uma, com finalidades idênticas.

Em resumo, é o nababesco pedindo para o simplório ficar em casa e ater-se, somente, à suas necessidades primárias.

*Paulo Almeida – escritor