Operação retira venezuelanos do entorno da Rodoviária de Manaus

Entidades municipais, estaduais e federais atuaram em conjunto para reorganização dos venezuelanos | Foto: Jhonata Lobato

Parte das barracas instaladas no entorno da Rodoviária de Manaus, onde viviam centenas de venezuelanos, foram retiradas nesta terça-feira (27). No local, devem ser montadas estruturas de albergamento, onde os imigrantes irão pernoitar. O ordenamento dos venezuelanos faz parte da Operação Acolhida, coordenada em Manaus pelo Exército Brasileiro.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) apontam que, atualmente, 536 venezuelanos vivem próximo ao terminal rodoviário. Para iniciar a instalação das tendas e overlays (contêineres), os imigrantes foram encaminhados para a Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira.

“Ele [venezuelano] entrega o material dele aqui de manhã e vai para a rua. Vai procurar trabalho, mas ele não fica aqui. À noite, ele vem para tomar banho, fazer tudo que tem que fazer. Vamos fornecer a eles Carteira de Trabalho, Carteira de Identidade e CPF (…) [Para] os filhos mais pequenos, nós vamos montar uma creche aqui. Os pais deixam na creche, que abre às 8h, e vão pegar às 17h”, explicou o coronel Ademar Neto, coordenador da operação em Manaus.

Ainda segundo Neto, a instalação da creche será de responsabilidade da Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O coronel afirmou que o ordenamento dos venezuelanos será finalizado na sexta-feira (30), data em que as novas instalações serão entregues.

De acordo com a Sejusc, três ilhas de albergamento serão montadas no entorno da Rodoviária e haverá separação de homens e mulheres. As famílias permanecerão juntas no local.

No Terminal Rodoviário, um Posto de Referência de Atendimento (PRA) já está em funcionamento com uma sala específica da Unicef para atender crianças e evitar situações de vulnerabilidade.

A Operação Acolhida em Manaus reúne as Forças Armadas do Brasil, Prefeitura de Manaus, Organização Internacional de Migração (OIM), Unicef e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Por G1