Operação prende empresário e aliciadora envolvidos em exploração sexual de menores

Empresário Raimundo Alves do Vale Filho e Ana Cássia da Silva Bentes foram presos na segunda fase das investigações © Adneison Severiano/G1

Uma rede de exploração sexual de adolescentes em Manaus usava escolas públicas e comunidades periféricas como principais focos de busca por novas vítimas. Seis meninas foram usadas pela rede de prostituição. O grupo foi descoberto após a Polícia Civil flagrar um empresário em motel com uma adolescente de 13 anos.

Duas pessoas já haviam sido presas, ainda no início das investigações. Na manhã desta terça-feira, mais dois suspeitos, um empresário e uma aliciadora, foram presos na Operação “666”.

Intitulada “666”, a operação faz menção à senha utilizada por Fabian Neves, o primeiro a ser preso, em seu celular. A quebra do sigilo telefônico permitiu que os investigadores chegassem até outros integrantes da rede de prostituição. Com base nas informações coletadas no aparelho do primeiro empresário e da tia da adolescente, a Polícia Civil pediu a prisão de mais uma suposta aliciadora e cliente. As prisões foram decretadas pela Vara Especializada em crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.

Ana Kássia da Silva Bentes, de 23 anos, que seria uma garota de programa e suspeita de aliciar meninas para pedófilos, foi presa em uma casa na travessa Brasil, na comunidade Parque das Nações, no bairro Flores, na Zona Centro-Sul de Manaus. A mulher é apontada como uma das pessoas responsáveis por levar as vítimas para serem exploradas sexualmente.

Raimundo Alves Vale Filho, de 52 anos, que é empresário e proprietário de uma loja de material de construção foi preso no estabelecimento comercial na avenida Mirra, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste da capital. O homem seria cliente da rede de prostituição infantil.

Os dois serão indiciados por estupro de vulnerável e favorecimento da prostituição.

Por G1