Operação mira empresas de ônibus que lavavam dinheiro para o PCC, em SP

A Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio.

SÃO PAULO — O Ministério Público de São Paulo deflagrou operação contra dirigentes de duas empresas de ônibus que atuam no estado e são acusadas de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC.

As empresas na mira do MPSP são Upbus e TW. As companhias são responsáveis por transportar quase 700 mil passageiros diariamente. Em 2023, as empresas receberam da Prefeitura de São Paulo mais de R$800 milhões.

A operação envolve o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Polícia Militar, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Receita Federal.

São cumpridos 52 mandados de busca a apreensão expedidos pela 1ª e pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital para subsidiar a investigação do MPSP, que pretende, ao final do processo judicial, condenar os 29 envolvidos no esquema à prisão. A Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio para garantir o pagamento a título de dano moral coletivo.