
UCRÂNIA — Em meio ao acirramento da guerra tecnológica no front, a Ucrânia acaba de expor uma nova ameaça vinda da Rússia: um drone de ataque que, apesar de ser fabricado em solo russo, é montado com componentes importados ilegalmente do Ocidente — incluindo peças de empresas dos EUA, Japão e Europa. Mais preocupante: o aparelho demonstra alta resistência a sistemas de guerra eletrônica, capazes de derrubar a maioria dos drones inimigos.
Batizado informalmente pelos ucranianos de “Geran-2 Plus”, o drone é uma evolução do modelo Shahed iraniano, mas com modificações profundas. Segundo análise técnica divulgada por autoridades de Kiev, o aparelho agora opera em frequências mais complexas, dificultando sua detecção e bloqueio. Além disso, seu sistema de navegação foi reforçado com sensores redundantes, permitindo que ele continue sua trajetória mesmo após sofrer interferência eletrônica.
“É como se eles tivessem criado um Frankenstein tecnológico”, afirmou um oficial ucraniano à imprensa, sob condição de anonimato. “Pegam o que conseguem no mercado negro global — chips, câmeras, sistemas de comunicação — e montam uma máquina de guerra híbrida, quase imune às nossas defesas atuais.”
A Ucrânia alerta que esse novo modelo representa um salto qualitativo na capacidade ofensiva russa, especialmente em ataques a infraestruturas civis e militares. Enquanto os aliados ocidentais correm para desenvolver contramedidas, os ucranianos já pedem urgência no envio de novos sistemas de jamming (bloqueio eletrônico) de última geração.
A revelação também expõe as falhas nas sanções internacionais: apesar do embargo, a Rússia continua conseguindo acesso a tecnologia de ponta — muitas vezes por meio de redes de intermediários em países terceiros, como China, Turquia e Emirados Árabes.
A guerra, agora, não se decide apenas no campo de batalha — mas nas linhas de montagem, nos laboratórios e nas sombras do comércio global.


