O índice de queimadas registradas no Amazonas em 2019 já é o maior dos últimos três anos. Dados do Projeto Queimadas apontam que – até o sábado (19) – foram contabilizados 11.720 focos em todo o Estado. Ainda no início do mês de outubro, os registros já haviam ultrapassado os casos de 2018 – que acumulou 11,4 mil focos.
Entre 2016 e 2019, o número de casos foi superior a onze mil.
Nos primeiros 19 dias de outubro deste ano foram contabilizados 327 focos de queimadas. O número é 74,25% menor em comparação com o mesmo período de 2018 – que apresentou 1.270 casos.
Até o momento, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os registros de outubro são os menores desde 2002.
O índice do mês também é inferior ao registrado durante todo o mês de setembro deste ano, que teve 3.026 focos. Naquele período, a média era de 100,86 casos por dia.
No mês de agosto, o Amazonas contabilizou mais de seis mil casos, o maior número registrado desde o início dos levantamentos do Inpe, em 1998. Naquele mês, o Governo do Estado decretou situação de emergência em duas regiões do Amazonas por conta das queimadas e do desmatamento ilegal.
O quadro do estado foi comentado pelo diretor presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente. Para ele, grande parte das queimadas neste ano foi causada por pessoas de outros estados.
Operação com apoio Federal
800 agentes – de órgãos ambientais e de comando e controle do Amazonas – foram enviados para o Sul do Estado para realizar a Operação “Curuquetê”. O Exército Brasileiro também enviou 1,3 mil homens para cinco estados na Região Norte, como forma de auxílio.