Novo preço da gasolina nas distribuidoras começa a valer nesta quarta

nstituto tinha rejeitado a licença por entender que a solicitação não tinha garantias de atendimento à fauna em caso de acidentes

O reajuste no valor do litro da gasolina para as distribuidoras passa a valer nesta quarta-feira (25). A Petrobras anunciou na terça-feira que o o preço médio do litro da gasolina passa de R$ 3,08 para R$ 3,31 nas distribuidoras.

A alta é de 7,46%, acréscimo de R$ 0,23 no valor. Esta foi a primeira decisão na estatal sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a petrolífera, o aumento acontece para acompanhar a evolução dos preços e o equilíbrio com o mercado. Para o ajuste, a empresa se baseia no PPI (Preço de Paridade de Importação), no qual observa-se as variações do petróleo internacionalmente e a cotação do dólar.

Os preços da gasolina atingiram 15% de defasagem na segunda-feira em relação ao mercado internacional, de acordo com a Abicom. Faz 50 dias que a companhia petrolífera não modificava o valor do combustível. A última modificação ocorreu em 6 de dezembro de 2022, com uma redução de 6,1%.
Mudança de preço nas bombas dos postos

A mudança estabelecida pela Petrobras pode demorar a chegar nas bombas dos postos de gasolina, dado que, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), outros fatores influenciam nos preços ao consumidor final.

Fora o repassado pela refinaria – no caso, o aumento de 7,46% –, os impostos (ICMS, PIS, Cofins e Cide) e a logística de distribuição, transporte e revenda também podem modificar o preço nos postos.

Além disso, a mistura das bombas não é só gasolina – chamada de “gasolina A”, equivale a 73% da composição. Os outros 27% são compostos por etanol anidro, que tem uma variação de preços diferente do combustível fóssil. Isso significa que, conforme a Petrobras, sua participação no valor é de R$ 2,42 por litro.

Todos esses fatores impedem que o repasse total do que foi decidido pela Petrobras chegue sem interferência nos postos. De acordo com André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o aumento nas bombas não será de 7,46%, mas de cerca de 5%.