No Recife, deslize em prova do CNU causa alvoroço e levanta questionamentos

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que medidas foram tomadas no mesmo dia das provas.

BRASIL — Um incidente inusitado marcou a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) no Recife. Candidatos que realizavam a prova da manhã em uma escola de referência tiveram acesso indevido ao caderno de questões do turno da tarde. O fato, denunciado nas redes sociais e confirmado pelo Ministério da Gestão, gerou debates sobre a segurança do processo seletivo e a lisura do concurso.

Segundo relatos, os candidatos do Bloco 4, área de trabalho e saúde do servidor, tiveram em mãos, por cerca de 11 minutos, o material que deveria ser distribuído apenas no período vespertino. A descoberta do erro ocorreu quando os participantes perceberam a discrepância nas questões. Os cadernos, então, foram devolvidos aos fiscais, mas não antes de serem manuseados e, possivelmente, memorizados por alguns candidatos.

A candidata que denunciou o caso nas redes sociais afirmou que os fiscais, diante da situação, autorizaram um acréscimo de 11 minutos no tempo de prova da manhã para compensar o tempo em que os candidatos tiveram acesso indevido ao material. Essa medida, no entanto, não foi oficializada e levanta questionamentos sobre a equidade entre os candidatos.

O Ministério da Gestão, por sua vez, minimizou o ocorrido, alegando que o sigilo das informações não foi comprometido e que as medidas de segurança foram restabelecidas. A pasta informou que o envelope com os cadernos foi lacrado novamente e ficou sob a guarda de fiscais e de um certificador externo.