Neto confessa morte do avô e é liberado

Rômulo confessou ter matado o idoso para a ex-namorada durante bate-boca

MANAUS, AM — O manauense Rômulo Alves da Costa, de 42 anos, admitiu ter matado o próprio avô, o idoso José Pequenino da Costa, de 77 anos, e foi liberado após prestar depoimento na DEHS. O caso chocou a população após ser flagrado circulando com o corpo do idoso em uma cadeira de rodas pelas ruas do Centro de Manaus.

Como ocorreu o caso?

O crime aconteceu no último sábado, 7 de junho de 2025, na Avenida Eduardo Ribeiro. Rômulo empurrava o corpo do avô, já sem vida, enquanto pedia dinheiro e tentava acessar bancos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte no local. Testemunhas acionaram a Polícia Militar, que chamou a perícia, confirmando rigidez cadavérica — indício de que o idoso havia falecido horas antes da abordagem.

Alegação do neto e investigação

Rômulo alegou estar desempregado e que pretendia obter um empréstimo bancário para comprar alimentos e produtos de higiene para o neto. Ele afirmou ter saído de casa com o avô já debilitado e, segundo seus relatos, não tinha intenção de usar o corpo desde o início.

Investigação e possíveis crimes

A Polícia Civil instaurou inquérito pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O corpo foi encaminhado ao IML, onde passará por necropsia para determinar a causa da morte. Rômulo poderá ser indiciado por homicídio, vilipêndio de cadáver e estelionato, caso tenha tentado legitimar o uso do corpo para benefício financeiro.

Perfil da vítima e contexto familiar

A vítima era hipertensa, diabética, realizava tratamento renal e utilizava bolsa de colostomia. Familiares informaram que Rômulo era usuário de drogas, havia saído recentemente da prisão e morava com o avô. Curiosamente, apesar de neto biológico, foi registrado como filho.

Este caso chocante expõe a fragilidade social de famílias em situação de vulnerabilidade e ressalta a urgência de atenção a idosos. A investigação continua em andamento, e a sociedade aguarda os laudos do IML para que a justiça seja plenamente aplicada.