‘Não tenho como não seguir a ciência nesse caso’, diz Paes ao cancelar festa de Réveillon no Rio

Paes em entrevista aos jornalistas sobre o cancelamento do Réveillon no Rio neste ano (Foto: Reprodução)

Após cancelar a tradicional festa de Réveillon, uma das maiores do mundo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou aos jornalistas que não tinha como não seguir a ciência nesse caso. Mais uma vez, ele lamentou o fim das festividades de Ano Novo neste ano.

“Eu anunciei hoje pela manhã o cancelamento das festividades de Réveillon na cidade do Rio de Janeiro. Tomei essa decisão porque nós temos sempre norteado nossas ações aqui em uma postura de ouvir aquilo que nós identificamos a ciência, aqueles que têm como norte a preservação de vidas. Sempre foi assim desde janeiro, quando eu assumi a prefeitura”, afirmou Paes.

Com o impasse entre os comitês científicos do estado e do município, ele afirmou que o da capital fluminense havia dado o aval para que a festa pudesse ocorrer, já que a transmissão de casos caiu consideravelmente. Ele também afirmou que hoje o Rio vive o melhor momento desde o início da pandemia em março do ano passado.

“Temos uma taxa de transmissão baixa, o número de internados muito baixo e número de mortes diminuiu drasticamente. Nesta semana, nós tivemos três dias seguidos sem mortes no Rio. Com esses resultados informados pelo Comitê Científico, eles me disseram que poderia ser realizado o Réveillon. Eu vinha conversando com o governador Claúdio Castro e tínhamos decidido aguardar até o dia 10, com a evolução do quadro, para tomar a decisão do Réveillon”, afirmou.

No entanto, Paes disse que foi surpreendido pelo Comitê Científico do Estado do Rio ao ouvir que o Réveillon representava um risco. “Portanto, se eu tenho um comitê que olha para o Estado do Rio e entende que é um risco, eu vou ficar com a opinião técnica que gere mais restrições. Não tenho como não seguir a ciência nesse caso”, esclareceu ele.

“É diferente daquilo que o governador vinha me dizendo. É óbvio o governador também não é cientista”, complementou Paes.

fonte: O Dia