Mulher é agredida pela família por causa do Auxílio Emergencial

A vítima estava em isolamento por suspeita de Covid-19 e quando foi buscar o filho que estava sob os cuidados da avó, sofreu as agressões físicas ao perguntar sobre o saque do auxílio

A jovem, Juliana Maquiné, 19 anos, foi agredida pelos próprios familiares na manhã deste sábado (18) que queriam retirar o Auxílio Emergencial da vítima. Segundo ela, a própria mãe e as irmãs foram as responsáveis pelas agressões que  resultaram em uma  fratura na cabeça da vítima.

Juliana relatou que ao voltar do hospital onde estava internada com suspeita de Covid-19, foi a casa da mãe pegar o filho pequeno que, durante a internação na unidade de saúde, estava sob os cuidados dos familiares. Ao pedir que a mãe lhe repassasse o valor do auxílio emergencial, a jovem foi agredida pela mãe, juntamente com as irmãs que, também, lhe negaram entregar a criança e o dinheiro.

“Eu estava em isolamento domiciliar e fui até uma unidade de saúde. Assim que o médico descartou a possibilidade de Covid, fui até a casa da minha mãe que estava com meu filho devido o isolamento. Assim que cheguei, já fui agredida verbalmente por querer o dinheiro do auxílio”, contou.

Juliana disse que a mãe teria sacado o valor sem a permissão dela, enquanto a jovem estava em isolamento. As agressões começaram após a vítima insistir que a mãe lhe entregasse o dinheiro.

“Eu queria o dinheiro do auxílio que fiz para o meu filho. Insisti no dinheiro e quando eu menos esperei uma das minhas irmãs veio por trás de mim e me bateu com uma perna manca que quebrou minha cabeça”, declarou Juliana.

Pedido de ajuda

Com a gravidade da lesão, Juliana passou a gritar por socorro e recebeu ajuda de moradores do local. Ela acredita que a mãe não tenha usado o dinheiro em benefício de seu filho.

“Ela disse que durante o tempo que ficou cuidando dele, comprou as coisas que ele precisava, mas é mentira, pois, meu filho estava com fome, sem tomar banho e com arranhões”, ressaltou a jovem.

Para Juliana, o que mais a surpreendeu foi a gravidade da situação por um motivo fútil. “Ser agredida dessa forma por sua própria família  é horrível. Sempre ajudei a todas e não acreditei que um dia elas seriam capazes de quase me matar pelo meu dinheiro”, analisou.

Juliana se foi a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), mas recebeu a orientação de registrar o boletim de ocorrência no Distrito Integrado de Polícia próximo de onde o fato aconteceu.

FONTE: EM TEMPO