MP denuncia Givancir Oliveira por homicídio e tentativa de homicídio

Na denúncia, o Ministério Público qualificou os crimes cometidos pelo sindicalista, no dia 29 de fevereiro, em Iranduba, como por motivo torpe e impossibilidade de defesa das duas vítimas ─ Foto: Divulgação

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), pela Promotoria de Justiça de Iranduba, ofereceu denúncia, ontem, contra o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir de Oliveira, pelo homicídio de Bruno de Freitas Guimarães e pela tentativa de homicídio de Thelssy dos Santos Freitas, que é uma mulher trans.

Ambos os crimes foram duplamente qualificados por motivo torpe e pela impossibilidade de defesa das vítimas.

Os referidos crimes ocorreram no dia 29 de fevereiro deste ano no município de Iranduba, que fica a 27 quilômetros a sudoeste da capital.

“A forma como o denunciado (Givancir de Oliveira) agiu, acompanhado de mais duas pessoas, premeditando o crime, colidindo o carro contra a moto em que as vítimas trafegavam, jogando-as ao chão, com o objetivo claro de reduzir-lhes as chances de defesa, já saindo do veículo disparando, demonstra claramente que as vítimas não tiveram como se defender das agressões”, argumentou o promotor de Justiça Leonardo Abinader Nobre, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Iranduba, na denúncia, para demonstrar a qualificadora de impossibilidade de defesa das vítimas.

De acordo com a investigação policial, no dia dos fatos, por volta das 13h30, na Rodovia Carlos Braga, km 6, próximo à comunidade São Sebastião, na zona rural de Iranduba, o líder sindical Givancir, acompanhado de mais duas pessoas efetuaram vários disparos contra Bruno e Thelssy.

Segundo o testemunho da sobrevivente, a arma de Givancir de Oliveira falhou ao disparar, o que lhe deu a oportunidade de correr para a mata, sendo ainda atingida por três tirosnas costas.

O MP-AM também sustenta o motivo torpe como qualificadora dos crimes, uma vez que, segundo a testemunha sobrevivente, a motivação das mortes seria ocultar um relacionamento amoroso mantido entre ela e Givancir, fato demonstrado por mensagens de texto no celular da vítima.

Preso

Atualmente, o sindicalista Givancir de Oliveira segue preso à disposição da Justiça em uma cela do 31º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no município de Iranduba. Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva no final do mês passado.

De acordo com informações de policiais do local, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus está isolado e demonstra tranquilidade. Até o momento, ainda não há previsão dele ser ou não transferido para um presídio na capital.

Na época dos crimes, Givancir chegou a se apresentar à polícia de Iranduba, acompanhado de um advogado, para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento no homicídio e na tentativa de homicídio. Mas em seguida o TJ-AM atendeu ao pedido da Polícia Civil e decretou a prisão temporária do sindicalista por um período de 30 dias antes da conversão para preventiva.

FONTE: A Crítica