Washington D.C. – O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que governou o país entre 1977 e 1981, faleceu neste domingo (29) aos 100 anos, em sua residência em Plains, Geórgia, onde recebia cuidados paliativos desde fevereiro de 2023. A notícia foi confirmada por seu filho, Chip Carter, ao jornal “The Washington Post”.
Em um comunicado emocionado, Chip Carter prestou homenagem ao pai, chamando-o de “herói” não apenas para a família, mas para “todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta”. Ele destacou o legado de união e compartilhamento de valores que Carter deixou no mundo, expressando gratidão por aqueles que honram sua memória ao continuar a viver essas crenças.
Antes de atingir a presidência, Carter serviu como senador e governador do estado da Geórgia, representando o Partido Democrata. Sua presidência foi marcada por uma grave crise econômica e por esforços significativos em busca da paz mundial. No entanto, um dos eventos mais emblemáticos de sua administração foi a crise dos reféns no Irã, onde 52 americanos foram mantidos na embaixada de Teerã por 444 dias, até serem libertados durante a administração de Ronald Reagan. O tratamento dado a essa crise manchou a reputação de Carter, que foi amplamente criticado pela abordagem considerada falha.
Após deixar a Casa Branca, Carter não se afastou da vida pública. Ele fundou a Carter Foundation em 1982, dedicando-se a missões diplomáticas ao redor do globo e à promoção dos direitos humanos e da democracia. Em reconhecimento aos seus esforços pela paz, democracia e desenvolvimento social, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002, um dos muitos reconhecimentos de sua trajetória pós-presidencial.
Jimmy Carter, que se tornou o ex-presidente mais longevo da história dos EUA ao atingir a marca do centenário, deixa um legado profundo tanto na política nacional quanto na arena internacional, sendo lembrado como um defensor incansável dos direitos humanos e da paz.
