Nesta sexta-feira (21), a Carolina do Sul realizou sua primeira execução por injeção letal em 13 anos, ao administrar a sentença de morte de Mesmo com testemunha o inocentando, Freddie Owens, 46. A execução ocorreu apesar de uma confissão de última hora que poderia ter mudado o rumo do caso.
Owens foi condenado pelo assassinato de Irene Graves durante um assalto a uma loja de conveniência em 1997, quando tinha apenas 19 anos. No entanto, seu amigo e corréu, Steven Golden, revelou em uma declaração juramentada, apresentada pelos advogados de Owens dias antes da execução, que mentiu no tribunal para proteger sua própria vida.
Golden afirmou que Owens não estava presente na cena do crime e que ele, pressionado pelas autoridades e temendo o verdadeiro assassino, culpou falsamente o amigo. “Acho que o verdadeiro atirador ou seus associados poderiam me matar se eu o denunciasse à polícia”, escreveu Golden, admitindo que o medo e o efeito de drogas influenciaram sua decisão. Mesmo com essas revelações, a Suprema Corte da Carolina do Sul manteve a execução, e o governador Henry McMaster recusou um pedido de clemência.
Freddie Owens foi levado para a execução sem uma declaração final. Antes da injeção ser administrada, ele se despediu com um simples “tchau”, sendo declarado morto às 18h55. A cena foi acompanhada pelos familiares da vítima, Irene Graves, que, segundo relatos, observaram a execução em silêncio, sem demonstrações de emoção ou ódio.
A confissão tardia reacendeu debates sobre o sistema judicial e o uso da pena de morte em casos onde surgem novas evidências. Owens, que também confessou um homicídio em 1999, quando já estava preso, aguardava no corredor da morte há mais de duas décadas. O estado ofereceu a Owens a escolha entre três métodos de execução, e ele permitiu que sua advogada decidisse.
O caso de Freddie Owens destaca a complexidade de sentenças capitais e a vulnerabilidade de condenados a erros judiciais, levantando questões sobre como o sistema lida com confissões e testemunhos que podem mudar o destino de vidas.