Menina sequestrada do RJ ao MA usou Wi-Fi de loja para pedir socorro

Vítima conseguiu entrar em contato com a irmã pelo Instagram somente quatro dias após o sequestro

A menina de 12 anos sequestrada no último dia 6 e levada de carro do Rio de Janeiro até São Luís, no Maranhão, só conseguiu pedir socorro quatro dias depois, quando usou o wi-fi de uma loja para acessar o Instagram e mandar uma mensagem à irmã. Na ocasião, o sequestrador, Eduardo da Silva Noronha, havia ido comprar roupas com ela, na sexta-feira (10).

A partir da última localização do celular da vítima, os policiais do RJ e do MA começaram a fazer as buscas e chegaram, nessa terça-feira (14), à quitinete de Eduardo, onde a menor de idade estava trancada. O sequestrador foi preso quando chegou do trabalho.

Ao ser questionado pela polícia, Eduardo negou ter estuprado a menina, mas disse ter a beijado. De acordo com a legislação, porém, é considerado estupro de vulnerável mesmo quando não há conjunção carnal em menores de 14 anos. Dessa forma, o homem vai responder por esse crime , além de ser investigado por sequestro .

A delegada Ellen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, disse que a criança não sabia em que cidade estava, apenas que tinha ido para o Maranhão . A menina relatou à polícia que Eduardo fez um documento falso para ela, para que ele pudesse cruzar o país com ela sem ter problemas.

Segundo a delegada, Eduardo pediu o wi-fi para fazer um Pix e pagar as compras que havia feito na loja de roupas. “Ela aproveitou a senha para acessar o Instagram e mandar uma mensagem para a irmã, dizendo que estava numa quitinete, não sabendo explicar onde era”, disse Ellen.

“As únicas mensagens enviadas diziam que ela ficava trancada o dia inteiro e não tinha nenhuma possibilidade de fuga. Começamos a levantar, num raio ao redor desse estabelecimento comercial, as quitinetes a partir das características fornecidas pela vítima no pedido de socorro”, continuou a delegada.

A polícia conseguiu localizar a menina e prender Eduardo após três dias de busca na capital maranhense.