Marisa anuncia fechamento de lojas no país

Empresa afirma que unidades escolhidas apresentam geração sistemática de caixa negativo

A Marisa (AMAR3) anunciou quinta-feira (23) que pode fechar diversas lojas ao redor de todo o Brasil. Como explicação para esses fechamentos em massa, o mais novo CEO da empresa, João Pinheiro Nogueira Batista, destacou que não vê justificativa para uma empresa com uma margem tão alta estar em prejuízo.

Além disso, em entrevista ao Valor Econômico, o CEO ainda destacou que estes fechamentos ainda estão em fase de estudo, embora sejam prováveis. No entanto, ele também informou que um diagnóstico certeiro será apresentado para todo o conselho da Marisa em março deste ano.

Crise financeira da Marisa

Em meio a uma crise financeira que se arrasta nos últimos dias, a varejista tenta renegociar dívidas avaliadas em torno de 600 milhões de reais. Para isso, diminuir custos seria uma ajuda para manter as finanças da empresa em dia.

No entanto, o executivo defende que o maior problema da Marisa atualmente é o custo operacional, que está em altos patamares. Nesse sentido, para o CEO, com essa questão identificada, medidas já estão sendo estudadas para contornar a situação.

Reestruturação da empresa e fechamento de lojas
Embora o assunto ainda esteja sendo estudado e o martelo não tenha sido batido, gestores já estão mapeando as unidades que devem ser fechadas. Porém, a única certeza é de que unidades devem ser fechadas para conseguir manter o negócio de forma saudável em termos financeiros, reduzindo seus custos e aumentando a margem de lucro.

Além dos fechamentos, outras ações também estão sendo adotadas, como a reestruturação da diretoria da empresa. Nas últimas semanas, além de Nogueira ter assumido, outro nome que também aparece à frente da gestão durante essa crise é Alberto Kohn de Penhas, atual chefe de operações da varejista.

Ademais, vale destacar que a crise da varejista se tornou um dos assuntos mais comentados no mercado financeiro justamente por acontecer em meio à crise de outra gigante do setor, a Americanas (AMER3). Esta anunciou um rombo de 20 bilhões de reais por ‘inconsistências contábeis’.