Manaus sedia pela 1ª vez o Festival Paralímpico Brasileiro e reúne alunos da Educação Especial

© Nathalie Brasil/Semcom

Pela primeira vez, a capital amazonense sediou o Festival Paralímpico Brasileiro, realizado no sábado, 22/9, na Vila Olímpica, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste. O festival é fruto da parceria entre a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), responsável pelo evento esportivo, que ocorreu simultaneamente em 48 cidades e no Distrito Federal, reunindo aproximadamente 7,2 mil crianças portadoras de deficiências físicas e intelectuais, entre 10 e 17 anos, em atividades esportivas adaptadas.

O Festival Paralímpico faz parte das celebrações pelo Dia Nacional do Atleta Paralímpico e foi instituído a partir do Decreto de Lei nº 12.622, de 8 de maio de 2012. A escolha de Manaus para participar do evento se deu pelo reconhecimento, por parte do comitê, do trabalho realizado pela Semed com os Jogos Adaptados André Vidal de Araújo (Jaavas) que está em sua sétima edição e, este ano, reuniu mais de três mil crianças, adolescentes e jovens da rede municipal de educação e instituições que também trabalham com pessoas com deficiência, em atividades desportivas adaptadas.

Durante o festival, foram realizadas atividades nas modalidades de atletismo, futebol em cadeiras de rodas, futebol de cinco (para pessoas com deficiência visual), futebol de sete (para paralisados cerebrais), goalball e atletismo. Na abertura do evento, a secretária municipal de educação, Kátia  Schweickardt, destacou que a oportunidade dada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro à Manaus, de participar de um importante evento como esse, representa o reconhecimento do trabalho de inclusão  que a rede municipal de ensino realiza, atendendo aproximadamente cinco mil alunos nas escolas regulares e na Escola Municipal de Educação Especial, além dos serviços oferecidos no Centro Municipal de Educação Especial.

“É um dia alegre para Semed. Primeiro porque estamos celebrando o Dia do atleta Paraolímpico, comemorado no último dia 21 e, segundo, por estarmos celebrando o reconhecimento do Comitê Paralímpico Brasileiro ao protagonismo de Manaus em relação ao atleta paralímpico, com a realização dos Jogos Adaptados André Vidal de Araújo, há sete anos, e também por estarmos na terceira edição das Paramunicipíadas e termos mais de cinco mil alunos inclusivos. Então, somos uma cidade que pratica, verdadeiramente, a inclusão e aprendemos diariamente com essas crianças e adolescentes”, pontuou a secretária da Semed.

Atividades

Em Manaus, a atividade contou com a participação de aproximadamente 160 alunos da rede pública  municipal e estadual de Educação e instituições parceiras. Segundo a coordenadora dos Jaavas e a representante do Comitê Paralímpico Brasileiro em Manaus, Shirley Amaral, desde que a Semed passou a investir no esporte como meio de educação, as pessoas com deficiência passaram a ter mais  visibilidade e oportunidades de integração social. “Para a Semed, é um ganho muito grande, porque estamos demonstrando para todo o Brasil que as crianças do Estado do Amazonas e do município de Manaus tem potencial enorme para competir e representar o Brasil em eventos esportivos fora do país. Por conta disso, o evento também pode ser considerado o pontapé inicial para mostrar o potencial dos atletas paralímpicos do Amazonas”, observou.

Um dos participantes foi o aluno Jeferson Eliab da Silva, 10 anos, que competiu no atletismo e goalball e considerou o evento uma ótima oportunidade de interagir com outros atletas paralímpicos da região Norte. “Achei o evento muito bacana porque tive a chance de conhecer outras pessoas, de me divertir e ver o talento de pessoas que já praticam esporte paralímpico há algum tempo”, concluiu.

Para o autônomo Aristácio Bezerra, 38 anos, que esteve no festival com o filho Jhonata Bezerra, de 13 anos, competindo no atletismo, a atividade também foi um momento de interação entre as famílias.  “Esse evento é uma grande chance de levar nossos filhos para atividades diferenciadas, que podem contribuir no desenvolvimento deles, podem contribuir na interação entre as pessoas com deficiência”, afirmou.