MANAUS, AM — Manaus registrou 3.853 casos de malária entre janeiro e agosto de 2025, alta de 9,6% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 3.516 ocorrências. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), parte desse total foi notificada durante o período sazonal da doença, iniciado em junho, quando fatores ambientais como calor intenso, umidade e vazante dos rios favorecem a proliferação do mosquito Anopheles, transmissor da malária.
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Alciles Comape, alerta que a febre é o principal sintoma e que pacientes devem buscar exame imediato em caso de suspeita, já que o atraso no diagnóstico prolonga a cadeia de transmissão. Ele ressalta ainda que o risco aumenta em áreas de balneários, sítios e regiões periurbanas de invasão próximas a igarapés e florestas. Para ampliar o acesso, a rede de diagnóstico da Semsa passou de dez para 41 pontos na zona urbana, além de 21 na zona rural.
A malária é causada pelo protozoário Plasmodium, transmitido pela picada da fêmea do mosquito infectado. Os sintomas podem aparecer de 12 a 15 dias após a exposição e incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. A doença tem cura e o tratamento é gratuito, mas sem diagnóstico rápido pode evoluir para formas graves.
