Uma pesquisa nacional divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) colocou a capital amazonense no pódio nada honroso das fraudes em produtos embalados: Manaus é a segunda cidade do Brasil com maior número de irregularidades em itens pré-medidos, perdendo apenas para Salvador (BA).
A Operação Especial Cesta Básica 2025, realizada durante todo o mês de outubro em 196 municípios, flagrou 170 produtos com problema só em Manaus — quantidade menor do que a declarada na embalagem, rotulagem errada ou falta de informação obrigatória. No total, foram analisados mais de 134 mil itens em 2.872 estabelecimentos em todo o país.
O “pódio” das irregularidades ficou assim: 1º Salvador (BA) – 408 produtos reprovados 2º Manaus (AM) – 170 3º Maceió (AL) – 165 4º Castanhal (PA) – 156 5º Pirassununga (SP) – 162
Os vilões mais comuns nas gôndolas manauaras foram arroz, feijão, óleo de soja, leite em pó, macarrão, café e produtos de limpeza — todos vendidos com peso ou volume abaixo do informado ao consumidor.
Para o diretor de Metrologia Legal do Ipem-AM, Márcio André Brito, o resultado serve de alerta: “É inaceitável que o consumidor pague por 1 kg e leve 900 g para casa. As empresas autuadas terão prazo para defesa e, se condenadas, podem pagar multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão”.
A operação foi coordenada pela Rede Brasileira de Metrologia Legal e envolveu todos os órgãos delegados do Inmetro nos estados. Os estabelecimentos flagrados recebem auto de infração e os produtos irregulares são recolhidos ou têm a comercialização suspensa.
Ou seja: na hora de encher o carrinho, o velho ditado continua valendo mais do que nunca em Manaus — desconfie e pese. Sua carteira agradece.
