Manaus celebra 356 anos: da fortaleza à grande metrópole

MANAUS, AM — A capital amazonense celebra nesta quinta-feira (24) seus 356 anos de fundação. Reconhecida pelo icônico Teatro Amazonas, pela herança indígena, por uma culinária singular e pela hospitalidade de seu povo, Manaus está em festa e traz consigo uma trajetória marcada por resiliência e transformação.

Das origens militares ao desenvolvimento

Oficialmente estabelecida em 24 de outubro de 1669 com a edificação do Forte de São José da Barra do Rio Negro, a cidade surgiu como uma instalação militar portuguesa destinada a defender a Amazônia contra invasões estrangeiras. A denominação “Manaus” deriva da tribo indígena Manaó, habitantes originais da área.

O século XIX testemunhou o auge da cidade durante o Ciclo da Borracha, período em que se tornou uma das cidades mais prósperas do país. Essa época dourada trouxe infraestrutura inspirada na arquitetura europeia, incluindo o majestoso Teatro Amazonas, inaugurado em 1896, e o imponente Palácio Rio Negro, que serviu como residência oficial dos governadores.

Da decadência à renovação econômica

Após o colapso do ciclo da borracha, Manaus atravessou longos anos de declínio econômico até a implementação da Zona Franca de Manaus em 1967, marco que estimulou o processo de industrialização e magnetizou migrantes de todas as regiões brasileiras. Atualmente, a metrópole se consolidou como um importante centro econômico e cultural do Norte do Brasil, abrigando uma população superior a 2 milhões de habitantes.

Mosaico de culturas

A capital amazonense destaca-se por sua pluralidade: acolhe comunidades indígenas, ribeirinhas, migrantes nordestinos e imigrantes internacionais, criando um tecido cultural diferenciado. A culinária regional, as manifestações populares como o Festival Folclórico do Amazonas, e o papel de liderança nas discussões ambientais globais são características essenciais desta cidade que transborda energia, alegria e receptividade.

Parabéns, Manaus, por mais um ano de história, resistência e protagonismo amazônico!