Mais de 1,7 tonelada de pirarucu é apreendida em frigorífico

Montante apreendido equivale a 37 unidades de pescado. Material não tinha lacre exigido pela legislação. | Foto: Divulgação

O Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) apreendeu mais de 1,7 tonelada de pirarucu em um frigorífico nas proximidades da Feira da Panair, no bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus. A apreensão foi realizada na madrugada desta quinta-feira (11). Segundo a polícia, o montante apreendido corresponde a 37 unidades do pescado, que foram congelados inteiros.

De acordo com o tenente Natanael Freire, apesar da responsável pelo material apresentar documentos, nenhum peixe estava com o lacre exigido pela legislação. O tenente contou que a equipe do BPAMB iniciou uma fiscalização por volta de 3h30.

“Era uma abordagem de rotina. Percorremos algumas embarcações e fomos, também ao frigorífico, quando encontramos a irregularidade”, contou.

A responsável pelo frigorífico, uma mulher de 57 anos, apresentou a nota fiscal, a guia de transporte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), guia de comercialização e lacres. Porém, os lacres não estavam nos pirarucus.

“O lacre tem que estar fixado no pescado, e 100% deles estavam sem o lacre, o que é uma irregularidade. Segundo a guia, havia uma relação com 60 lacres. As outras 23 unidades já tinham sido comercializadas. Não há dúvida de que o pescado é de manejo, mas não tem como ligar o pescado a essa documentação, a esse lacre; ou seja, o pescado é sem origem comprovada. Um ou outro lacre pode quebrar, mas 100% não estar fixado no peixe, não é possível”, explicou o tenente.

Cada pirarucu tem entre 27 e 89 Kg’s. O frigorífico abastece feirantes que vão até o estabelecimento comprar o produto para vender nas bancas das feiras.

O pescado e a gerente de 57 anos foram levados para a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Demma). Segundo a polícia, a situação é de flagrante delito e cabe fiança, de valor arbitrado pela autoridade policial da Demma. O pescado será doado a instituições filantrópicas.

Por G1