A mãe da criança envolvida na confusão por um assento em um voo comercial da Gol, que viralizou durante a semana, disse que não pediu para trocar de lugar com a moça que estava na janela. Em entrevista à CNN Brasil, nesta sexta-feira (6/12), ela diz que o pedido e a gravação que repercutiu nas redes sociais foram feitos por outra mulher.
Ela relatou que a companhia aérea colocou os familiares juntos, nos assentos 21 B ao 21 F. Jeniffer, por sua vez, estava no 21 A, assento em que o filho mais novo — Arthur, de 4 anos — havia se sentado, ao lado da irmã.
Segundo a mãe, a criança foi retirada assim que a passageira da janela pediu para ficar com o lugar marcado, mas o menino começou a chorar e provocou a comoção de outros passageiros — que passaram a pedir que Jeniffer cedesse o assento. “Eu não pedi para ela sair da janela em nenhum momento. As pessoas que pediram para ela trocar de assento foram os passageiros, que se incomodaram. Na cabeça do Arthur, como fomos os primeiros a entrar, o lugar era dele. Eu falei para ele que não era, que o erro foi meu.”
Aline contou que alguns passageiros insultaram Jeniffer, a chamando de idiota, mas que ela não concordou com a situação. Disse também que não gravou o vídeo que circula pelas redes sociais. “A única coisa que eu acho que ela (Jeniffer) está errada é em não declarar que sabe que não fui eu que gravei”, comentou.
Devido à repercussão do caso nas redes sociais, Aline relatou à CNN que a filha, irmã de Arthur, que aparece no vídeo ao lado de Jeniffer, está sofrendo bullying na escola. “Eu e minha filha estamos levando a culpa por algo que não fizemos”, disse. “Só quero pedir desculpas à Jeniffer mais uma vez, mas eu queria que ela se pronunciasse e falasse a verdade. Quem gravou foi algum passageiro.”
Responsáveis pela gravação
A passageira em questão foi Eluciana, uma advogada de 54 anos, que gravou o vídeo. No entanto, foi a filha dela quem publicou o registro no TikTok — que, a princípio, era para ter sido enviado com um emoji para cobrir o rosto de Jeniffer, o que não aconteceu.
Eluciana e a filha dizem que também sofrem ataques nas redes sociais e que estão assustadas com a exposição. Elas afirmaram que não queriam “expor Jeniffer dessa maneira”, mas que a situação “saiu do controle”.
Aline, a mãe da criança, pediu para Eluciana e Jeniffer esclarecerem nas redes sociais que ela não foi a responsável pela gravação e pelas ofensas. Caso isso não ocorra, ela disse que pretende processar Eluciana.
