CARACAS, VENEZUELA — Nesta sexta-feira (10), Nicolás Maduro será empossado para um terceiro mandato presidencial, encerrando um processo eleitoral marcado por controvérsias e críticas internacionais. As eleições de 28 de julho de 2024 foram caracterizadas pela falta de transparência e por atos de violência contra opositores ao regime.
Antes mesmo do pleito, o governo venezuelano impôs obstáculos à participação da oposição, com a proibição da candidatura de María Corina Machado, líder oposicionista. Em seu lugar, Edmundo González emergiu como candidato alternativo, conseguindo se registrar apesar das dificuldades.
A poucas semanas das eleições, Maduro revogou convites a observadores internacionais, aumentando as suspeitas sobre a integridade do processo. Após a votação, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro vencedor com pouco mais de 50% dos votos, uma afirmação que a oposição contesta vigorosamente. Com base em atas eleitorais coletadas, a oposição alega que González venceu com uma margem significativa.
O pós-eleição foi marcado por uma escalada de violência e repressão, com relatos de mortes e prisões em massa de opositores. Atualmente, Edmundo González está exilado na Espanha, enquanto María Corina Machado se esconde no próprio país para evitar a prisão.
Apesar das alegações e provas apresentadas pela oposição, Maduro não forneceu evidências concretas de sua vitória eleitoral. A posse de Maduro ocorre em meio a uma disputa de narrativas entre governo e oposição, com González afirmando que também tomará posse nesta sexta-feira na Venezuela, sustentando sua vitória nas urnas.
A situação na Venezuela continua sendo um ponto de atenção internacional, com vários países e organizações questionando a legitimidade do processo eleitoral e a continuidade de Maduro no poder.
