Lula fará sua nona viagem internacional, totalizando 37 dias fora do país

Lula e Janja em viagem realizada a Portugal em abril

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parte neste sábado (15/7) rumo a Bruxelas, Bélgica, para participar da 3ª Reunião de Cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) – UE (União Europeia). Essa será a nona viagem internacional do líder petista este ano, marcando sua presença em 13 países e totalizando impressionantes 37 dias fora do Brasil até seu retorno na quarta-feira (19/7) pela manhã.

Em destaque na pauta do evento em Bruxelas, está o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil já aprovou uma contraproposta de acordo e a enviou aos demais países do bloco sul-americano, que agora se encarregarão de analisar tecnicamente os termos propostos. Segundo informações obtidas pelo Poder360, as conversas na Bélgica serão conduzidas por especialistas de ambos os lados. Publicamente, Lula pretende enfatizar sua posição crítica em relação à carta adicional enviada pelos europeus, enquanto ainda não há uma definição sobre a contraproposta do Mercosul.

Uma das principais objeções levantadas pelo petista diz respeito à possibilidade de abrir os processos de compras públicas para empresas estrangeiras. Ele argumenta que essa área de compras governamentais deve ser utilizada para impulsionar as pequenas e médias empresas. Lula ressalta que, diante da pandemia, tornou-se evidente a importância de os países possuírem capacidade industrial para responder rapidamente a ameaças específicas, sem depender de nações estrangeiras.

Além disso, o ex-presidente não deseja que sejam previstas sanções relacionadas ao meio ambiente. Conforme apuração do Poder360, o governo brasileiro está disposto a discutir o tema, porém adotando uma abordagem cooperativa, sem ameaças ou desconfianças.

No início do mês, durante uma visita à Argentina, Lula afirmou que era necessário dar uma resposta “rápida e contundente” às demandas apresentadas recentemente pela União Europeia em uma carta relacionada às negociações entre os dois blocos. Durante seu discurso na 62ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul, ele classificou o documento como “inaceitável”, ressaltando que parceiros estratégicos não deveriam negociar com base em desconfianças e ameaças de sanções.