A Justiça decretou a prisão preventiva do procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. O pedido foi apresentado na tarde desta quarta-feira (22), na 1ª Vara Criminal da cidade, pelo delegado Daniel Vaz Rocha, que está responsável pelo caso.
No pedido, o delegado apontou que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública”.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação instaurada para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral para fundamentar o pedido de prisão preventiva. A procuradora agredida deu entrevista contando o que aconteceu: ‘Acho que ele é capaz de qualquer coisa’, disse ela em um dos trechos.
O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que visitou Peruíbe e São Vicente, na manhã desta quarta-feira (22) comentou o caso. “A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher”.
Liberdade
Após a agressão, o procurador Demétrius Oliveira Macedo foi ouvido pela Polícia Civil e liberado na sequência. Como informou o g1, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial (DP) do município, alegou que o agressor foi liberado inicialmente por “falta de flagrante”.
Macedo foi liberado logo após a elaboração do Boletim de Ocorrência (BO) na delegacia.
Nota de repúdio
A Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM) divulgou uma nota para expressar sua solidariedade com a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros e se posicionar sobre a agressão.
“A ANPM repudia a conduta violenta perpetrada pelo servidor identificado como Demétrius Oliveira de Macedo que, conforme noticiado, tinha sua atuação funcional avaliada através de um procedimento disciplinar a cargo da vítima”, complementou a associação.