INDONÉSIA — O corpo da montanhista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) no Monte Rinjani, na Indonésia, após uma operação de busca e salvamento que durou mais de sete horas. A jovem havia desaparecido na terça-feira (24) ao cair de uma trilha nas encostas do segundo maior vulcão do país.
A operação foi conduzida por equipes da Basarnas, a agência nacional de busca e resgate da Indonésia, e contou com o apoio de voluntários experientes na região. Juliana foi localizada a cerca de 600 metros abaixo da trilha principal, em uma área de difícil acesso, o que exigiu esforço prolongado das equipes envolvidas.
Segundo o chefe da Basarnas, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, as condições do terreno e o clima instável com neblina intensa atrasaram o processo de retirada do corpo, que foi levado primeiro até a base de Sembalun, vilarejo que serve como ponto de partida para trilhas no Rinjani.
Após a estabilização e transporte terrestre, o corpo foi encaminhado por aeronave ao Hospital Bayangkara, onde será entregue às autoridades locais para os trâmites de repatriação, com acompanhamento da família.
Participaram do resgate três equipes especializadas, incluindo integrantes do chamado Esquadrão Rinjani, acostumados com missões em ambientes de alta altitude. O terreno irregular, com variações rápidas de temperatura, dificultou a aproximação e exigiu que parte da operação fosse feita manualmente.
Um dos montanhistas voluntários que participou da ação compartilhou nas redes sociais um relato emocionado. “Não pude fazer muito, mas ajudei como pude. Que suas boas ações sejam lembradas”, escreveu ele, junto a imagens do local encoberto por névoa densa.
A tragédia gerou comoção entre a comunidade de montanhistas e reforça os alertas sobre os riscos enfrentados por quem se aventura em trilhas de alta dificuldade técnica e ambiental, especialmente em regiões montanhosas tropicais.
