José Aldo nocauteia Jeremy Stephens no primeiro round no Canadá

José Aldo fez Jeremy Stephens se contorcer com golpe em cheio na linha de cintura © Jeff Bottari/Zuffa LLC / Getty Images

A amarga e inédita sequência de duas derrotas, em 14 anos de carreira profissional no MMA, fez a dúvida pairar sobre a cabeça de José Aldo. A confiança não voltou a ser a mesma após o fatídico nocaute sofrido para Conor McGregor, aos 13 segundos de luta, em 2015. Aos 31 anos de idade, consagrado como um dos melhores da história e resolvido financeiramente, o ex-campeão do peso-pena precisava se reinventar. E foi o que ele fez neste sábado, no UFC Calgary, no Canadá, país que serviu de palco do início da sua trajetória no Ultimate, em 2011. Na cidade, agora, local do seu recomeço, o peso-pena espantou a má fase após dois anos sem vitória no octógono. E foi da melhor forma: bateu Jeremy Stephens por nocaute técnico aos 4m19s do primeiro round. Emocionado, comemorou o triunfo como se valesse o título e – para ele – o significado tenha sido, realmente, maior.

– Foi aqui que comecei minha carreira, estou voltando aqui para recomeçar minha carreira de novo. Estou tentando recomeçar, eu estava lutando em cima de uma coisa que eu não podia errar. Eu vim no fio da navalha, sabendo que não podia errar ou podia perder a luta. Mas acertei ali e consegui acabar a luta. Acho que agora estou de volta, o campeão voltou. Mantendo o caminho aí, a gente chega. O Max Holloway está passando por problemas, ele é um grande campeão, espero que possa voltar, e que eu possa enfrentá-lo de novo ou quem for o campeão.

Empolgado e alividado com a vitória, José Aldo dançou no octógono, subiu na grade e foi até a primeira fila dar um beijo na esposa. Líder da academia Nova União e principal treinador do brasileiro, Dedé Pederneiras soltava o grito no cage, enquanto Emerson Falcão, técnico de kickboxing e Léo Santos, parceiro de equipe, vibravam com o resultado de um árduo trabalho.

José Aldo – que perdeu duas disputas de cinturão para Max Holloway, em 2017 – não vencia por nocaute técnico desde 2013, quando bateu Chan Sung Jung, o Zumbi Coreano, no Rio de Janeiro. Stephens, por sua vez, terá de lidar com o rótulo de perder seus confrontos quando se aproxima de uma chance pelo título O americano estava embalado por três triunfos, porém, vai ser obrigado a reconstruir sua caminhada.

Fonte: Combate