Jejum incentivado por seita religiosa causa 73 mortes no Quênia

De acordo com informações da polícia do Quênia, divulgadas nesta segunda-feira (24), uma seita religiosa que pratica o jejum total causou a morte de 73 pessoas no leste daquele país. Os fiéis faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas e foram encontrados mortos em igrejas e valas em Malindi, cidade localizada na costa do país.

A prática do jejum total foi incentivada pelo fundador da igreja, Makenzie Nthenge, que aconselhava os seguidores a jejuar para “conhecer Jesus”. Ele foi preso há dez dias, juntamente com outros seis membros do grupo. No entanto, ainda há fiéis jejuando, segundo informações da polícia.

De acordo com um policial local, Nthenge “está orando e jejuando” na prisão. A polícia está em busca dos que ainda estão escondidos na mata realizando a prática. No último domingo (23), uma mulher que se recusava a se alimentar foi encontrada e levada a um hospital. Além disso, outros 11 seguidores, entre homens e mulheres com idades entre 17 e 49 anos, foram internados na semana passada após serem encontrados na floresta.

Nthenge já havia sido preso em março, depois que duas crianças que participaram da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança e foi solto. Agora, ele enfrenta novas acusações de homicídio culposo e pode enfrentar pena de prisão perpétua. A Igreja Internacional das Boas Novas tem sido alvo de críticas por parte de grupos de direitos humanos e religiosos, que exigem que o grupo seja proibido no país.