ISRAEL — Neste domingo (1º/9), o Exército de Israel anunciou a recuperação dos corpos de seis reféns que foram aparentemente assassinados por terroristas do Hamas em um túnel no sul de Gaza. Os reféns, identificados como Carmel Gat, Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino, foram encontrados em Rafah, pouco antes da chegada das tropas israelenses.
O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que, segundo a avaliação inicial, os reféns foram “brutalmente assassinados” pouco antes de serem localizados. O presidente israelense, Isaac Herzog, expressou sua profunda tristeza, afirmando que “o coração de uma nação inteira está despedaçado” e pediu desculpas às famílias por não terem conseguido trazer os reféns de volta em segurança.
A situação se agrava com a pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrenta críticas tanto internas quanto externas para negociar um cessar-fogo que inclua a libertação dos reféns restantes. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se manifestou, expressando sua indignação e prometendo que os líderes do Hamas “pagarão por esses crimes”.
As famílias dos reféns estão revoltadas e exigem respostas sobre o que impediu um acordo que poderia ter salvado seus entes queridos. O Fórum de Famílias de Reféns responsabilizou Netanyahu pela situação, afirmando que o atraso nas negociações levou à morte dos reféns.
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na captura de cerca de 250 reféns e na morte de aproximadamente 1.200 israelenses, a situação em Gaza se deteriorou drasticamente, com mais de 40.691 palestinos mortos e 94.060 feridos devido à ofensiva militar israelense. A tragédia dos reféns e a escalada do conflito continuam a gerar protestos em Israel, onde muitos clamam por um entendimento que leve à paz e à libertação dos que ainda estão em cativeiro.