MANAUS, AM — Três indústrias de cerâmica que operavam sem licença ambiental na Região Metropolitana de Manaus foram embargadas na última quarta-feira (30), durante operação conjunta do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar. A ação ocorreu na Rodovia AM-070 e resultou em R$ 502,5 mil em multas.
Uma das empresas, localizada em Manacapuru (a 68 km da capital), também foi autuada por desrespeitar um embargo anterior. As penalidades aplicadas visam coibir o funcionamento de empreendimentos que desrespeitam normas ambientais, segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço.
Paralelamente, a força-tarefa também removeu três estruturas irregulares erguidas dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, na área do Ramal Uga-Uga. Os barracos foram construídos por invasores, que não estavam no local no momento da operação. Ferramentas e uma motosserra foram apreendidas.
“A invasão de unidades de conservação é crime ambiental, conforme a Lei nº 9.605/98 e o SNUC”, alertou Picanço.
De acordo com a Gerência de Fiscalização do Ipaam (Gefa), a ação busca preservar a integridade ecológica da RDS e garantir os direitos das comunidades tradicionais que utilizam os recursos de forma sustentável.
“A retirada dessas ocupações evita degradações, desestimula novas invasões e reforça o compromisso do Estado com o meio ambiente”, destacou o analista ambiental Marcelo Barroncas.
Criada para conciliar a preservação da natureza com o modo de vida de ribeirinhos, indígenas e extrativistas, a RDS do Rio Negro sofre pressão constante de invasões, que trazem riscos como desmatamento, caça ilegal, pesca predatória e poluição dos rios.
O Ipaam segue com ações intensificadas de fiscalização em todo o estado. Denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp da Gerência de Fiscalização Ambiental: (92) 98557-9454.
