Nesta quarta-feira (23), a Índia realizou um feito marcante na história da exploração espacial ao realizar o pouso da espaçonave Chandrayaan-3 na superfície lunar. Após uma tentativa frustrada em 2019, o país voltou com determinação renovada para alcançar seu objetivo ao realizar um “pouso suave” em solo lunar, uma façanha que se revelou desafiadora para muitas nações.
Lançada em 14 de julho, a Chandrayaan-3 estava pronta para fazer história ao se tornar a primeira missão bem-sucedida de pouso da Índia na Lua. O momento histórico ocorreu às 9h34 (horário de Brasília), marcando um marco significativo nas conquistas da agência espacial indiana, a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO). O pouso foi transmitido ao vivo através do YouTube.
A Índia se junta agora ao seleto grupo de nações que conseguiram pousar na superfície lunar. Até agora, esse grupo incluía os Estados Unidos, a antiga União Soviética e a China, o que tornou a realização ainda mais notável para a Índia.
O destaque especial desta missão foi a realização de um “pouso suave” em uma área lunar desafiadora e inexplorada. Diferentemente das missões anteriores, que optaram por áreas mais planas e acessíveis, a Chandrayaan-3 tem como objetivo pousar em uma região repleta de crateras e terrenos acidentados. Isso representou um enorme desafio de engenharia, pois os equipamentos de exploração precisam operar de maneira eficaz, apesar das condições extremas do terreno. Com temperaturas que podem atingir surpreendentes -203°C e a ausência de luz solar direta, a operação se tornou ainda mais complexa, já que os equipamentos tiveram que ser projetados para resistir a tais condições adversas.