MANICORÉ, AM — A tranquilidade que costuma marcar o início de um novo ano letivo está longe de ser realidade para os moradores de Manicoré e do distrito de Santo Antônio do Matupi. Em meio a rumores espalhados nas redes sociais sobre o suposto retorno às aulas no dia 24 de fevereiro, a verdade é que escolas municipais e estaduais ainda enfrentam uma série de obstáculos que impedem o calendário escolar de 2025 de começar. A falta de gestores, coordenadores e pedagogos nomeados, somada à ausência de definições sobre o transporte escolar, tem deixado pais, alunos e professores sem respostas claras sobre quando as atividades educacionais serão retomadas.
O caso da Escola Estadual Santo Antônio do Matupy ilustra bem os desafios enfrentados. Segundo informações apuradas, o principal entrave para o início das aulas é a falta de transporte escolar, um serviço gerido por meio de uma parceria entre o governo do estado do Amazonas e a prefeitura de Manicoré. Enquanto as linhas vicinais mais longas, responsáveis por transportar alunos da zona rural para a sede do distrito, dependem dos ônibus estaduais, as estradas curtas são atendidas pelo município. Sem uma solução conjunta para o problema, não há como garantir o deslocamento dos estudantes, adiando indefinidamente o início das atividades escolares.
A ausência de definições sobre a gestão educacional e o transporte escolar reflete uma lacuna de planejamento que prejudica diretamente alunos e famílias. Enquanto o estado e o município não alinharem suas estratégias para resolver essas questões, a comunidade de Manicoré e Matupi permanece sem previsão oficial para o início das aulas. Até o fechamento desta matéria, nenhuma novidade concreta foi divulgada sobre a data de retorno às salas de aula no distrito de Santo Antônio do Matupi.
Reportagem: Edy Lima
