MINAS – Uma nova arma na luta contra a dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti foi inaugurada nesta segunda-feira (29) em Belo Horizonte. A Biofábrica Wolbachia, resultado da parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Belo Horizonte, é a primeira do tipo no Brasil e tem como objetivo produzir bactérias Wolbachia em larga escala.
Tecnologia inovadora para um futuro livre de arboviroses
A tecnologia Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia. Essa bactéria impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, Zika e chikungunya no interior do mosquito, tornando-o incapaz de transmitir as doenças. Os mosquitos Wolbachia, chamados de Wolbitos, são criados em laboratório e não apresentam risco à saúde humana.
Produção em massa e distribuição estratégica
A Biofábrica Wolbachia de Belo Horizonte será responsável por todo o ciclo de produção dos Wolbitos, desde a criação de ovos até a fase adulta. A unidade também se encarregará da distribuição dos mosquitos para as áreas selecionadas e da alocação das equipes de campo. A previsão é que a produção semanal chegue a dois milhões de mosquitos, um número suficiente para suprir a demanda de todo o estado de Minas Gerais.
Expansão gradual para todo o estado
Na primeira etapa do projeto, os Wolbitos serão liberados na cidade de Brumadinho e em outros 21 municípios da Bacia do Rio Paraopeba. A expectativa é que, em breve, a tecnologia seja expandida para todo o estado, beneficiando milhões de pessoas.
Uma esperança contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
A inauguração da Biofábrica Wolbachia marca um passo importante na luta contra as arboviroses no Brasil. A tecnologia, aliada a outras medidas de controle do mosquito, como a eliminação de criadouros, tem o potencial de reduzir significativamente a incidência dessas doenças, salvando vidas e promovendo a saúde pública.