
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de lançar dados inéditos sobre os prenomes e apelidos familiares mais frequentes entre os brasileiros, extraídos do Censo Demográfico de 2022. A análise abrange mais de 203 milhões de indivíduos em cerca de 90,7 milhões de lares, destacando no portal Nomes do Brasil a robusta influência lusa na composição onomástica do país. Esses registros não só mapeiam a atualidade, mas também ilustram a duradoura adesão a tradições ancestrais, resistindo ao fluxo de modismos contemporâneos.
No panteão dos sobrenomes, a família Silva reina absoluta, identificando 16,76% da população – o equivalente a mais de 34 milhões de compatriotas. Em segundo lugar, surge Santos, com 10,52% (cerca de 21,3 milhões), seguido de Oliveira (5,77%, ou 11,7 milhões). A sequência prossegue com Souza (4,53%, 9,2 milhões), Pereira (3,39%, 6,9 milhões) e Ferreira (3,07%, 6,2 milhões), entre outros como Lima, Alves e Rodrigues. Essa elite de 30 patronímicos reflete raízes ibéricas profundas, com percentuais decrescentes que vão de 2,39% para Costa até 0,84% para Batista, somando uma tapeçaria cultural unificada por laços coloniais.
Entre os prenomes femininos, Maria desponta como a escolha imbatível, batizando 12,2 milhões de mulheres, enquanto Ana soma 3,9 milhões. A lista das dez mais adotadas inclui ainda Francisca (661 mil), Julia (646 mil), Antonia (553 mil), Juliana (537 mil), Adriana (534 mil), Fernanda (521 mil), Márcia (520 mil) e Patrícia (499 mil), evocando uma era de devoção e simplicidade. Para os homens, José lidera com 5,1 milhões de portadores, à frente de João (3,4 milhões), Antônio (2,2 milhões), Francisco (1,7 milhão), Pedro (1,6 milhão), Carlos (1,5 milhão), Lucas (1,3 milhão), Luiz e Paulo (ambos com 1,3 milhão) e Gabriel (1,2 milhão). Esses nomes clássicos, impregnados de referências bíblicas e históricas, perpetuam uma identidade coletiva que transcende gerações.
Embora o levantamento seja nacional e não aprofunde disparidades por federações ou eras passadas, ele sublinha a tenacidade das convenções portuguesas em um Brasil multicultural. Disponíveis online, esses insights convidam a uma reflexão sobre como o nome molda o destino social e cultural de uma nação.


