A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), voltou a utilizar a medicação Asparaginase, o Oncaspar (nome comercial), no tratamento de pacientes com leucemia. O primeiro lote do medicamento quimioterápico foi recebido no dia 17 de abril e a instituição também está em processo de licitação para aquisição de novos lotes.
A compra foi feita diretamente pelo Hemoam, órgão de referência no tratamento de leucemia no estado, obedecendo todas as exigências legais, uma vez que só existe um fornecedor para o medicamento no Brasil. Asparaginase é utilizada no tratamento dos pacientes de leucemia linfóide/linfoblástica aguda e do linfoma lindoblástico.
O medicamento usado no Brasil nos Hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) era a L-Asparaginase, substituído pelo Ministério da Saúde, no início do ano passado, pela “Leuginase”, no tratamento de leucemia linfoide aguda em crianças. Após decisão judicial que proibiu a compra da “Leuginase”, da China, pelo Ministério da Saúde, o órgão repassou a responsabilidade pela aquisição aos estados. Até então, o medicamento era fornecido aos hospitais pelo próprio Ministério.
A decisão de mudar a medicação L-Asparaginase para a Leuginase foi do Ministério da Saúde, que era quem importava o tratamento e fornecia aos hospitais do SUS em todo o Brasil. Somente em fevereiro deste ano, o MS baixou portaria transferindo aos Estados a responsabilidade pela compra do medicamento para tratamento da LLA.