Greve dos trabalhadores da SEDUC domina debates na Aleam

Nesta terça-feira (30), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) foi palco de debates entre os parlamentares estaduais, destacando-se o movimento de greve e negociação entre os trabalhadores estaduais da Educação e o Governo do Estado. Na ocasião, foi revelado que amanhã, quarta-feira (31), haverá uma nova rodada de negociação na sede do Executivo estadual.

O deputado Cabo Maciel (PL) lembrou que as negociações entre os trabalhadores estaduais da Educação e o Governo do Estado sobre a reposição salarial completam 80 dias nessa semana. “Quero deixar registrado que esta Casa, em momento algum, se omitiu e a Comissão de Educação nunca deixou de fazer seu papel. Não deixarei que a categoria fique desamparada. Como presidente da Comissão, não me furtarei de estar presente às negociações dessas pautas justas. Estivemos presentes na última segunda-feira (29), junto com os representantes dos trabalhadores, na Sede do Governo, para mais uma rodada de negociações e manifestações”, revelou.

Maciel acrescentou que as pautas dos profissionais da Educação são justas e que essa nova proposta de 14% de aumento oriunda do Governo será avaliada nesta terça-feira (30). “É preciso abonar as faltas, não concordo em registrar faltas de quem está reivindicando seus direitos. Parabenizo a Aleam pela forma que tem intermediado as negociações entre os trabalhadores e o governo”, completou.

Em contraponto, o deputado da oposição Wilker Barreto (Cidadania) contestou a informação de que são 80 dias de negociação. “Na verdade, o Governo ignorou os trabalhadores por 70 dias. Só existe agora 10 dias de negociação, sem a greve o governo estaria ignorando os professores e administrativos. O governo é culpado pela greve”, declarou.

Em seu pronunciamento, o deputado Thiago Abrahim (União Brasil) declarou considerar o corte de ponto dos professores um movimento ilegal, pois acredita que o diálogo é a melhor saída para as negociações. Solicitou que o governador Wilson Lima faça um gesto de boa vontade, determine a volta do ponto e providencie o mais rápido possível a volta dos pagamentos. “Contem com o meu mandato para apoiar esse movimento”, conclamou.

Joana Darc (União Brasil) também contribuiu com o debate e afirmou ser necessário manter o diálogo entre os envolvidos. “Essa proposta de 8% de aumento imediato e 6% parcelado foi apresentada e me coloquei à disposição para mediar um acordo entre as partes. Precisamos que os trabalhadores sejam valorizados, ninguém é a favor do desconto nos vencimentos, mas a proposta do governo estadual engloba a retirada desses descontos”, afirmou.

Em discurso, a deputada Débora Menezes (PL) também falou sobre o movimento de greve e disse que todas as suas reivindicações são válidas. “Entendemos a importância do professor na formação de crianças e jovens, o corte do ponto não foi justo. Estamos à disposição dos trabalhadores para encontrar com o governo um desfecho satisfatório e amanhã (30) será um dia decisivo” afirmou.