Greve dos professores e votação de projetos movimentam plenário da Aleam

Foto: Divulgação/Aleam

A greve dos professores marcada para a próxima segunda-feira (15), foi um dos assuntos de destaque na Sessão Ordinária desta quarta-feira (10), puxado pela presidente da Comissão de Educação, deputada Therezinha Ruiz (PSDB), acompanhada por vários deputados presentes no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Na Ordem do Dia, com uma pauta extensa os deputados votaram um total de 29 vetos do governo e três Projetos de Lei (pl), sendo um da Comissão Especial e dois de autoria das deputadas Joana Darc (PR) e Alessandra Campêlo (MDB).

Na abertura dos trabalhos, Therezinha Ruiz defendeu o cumprimento da data base dos professores, cuja terceira e última parcela, de 9,38% de 2016 já foi pago em janeiro, e propôs entendimento do governo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), no sentido de formalizar um acordo negociado para os 15% de reajuste salarial reivindicado da data-base 2019, enquanto o Governo do Estado oferece 3,93%. Recebeu apoio do deputado Dr. Gomes (PRP), das deputadas Joana Darc e Alessandra Campêlo.

Em seu pronunciamento, a deputada Mayara Pinheiro (PP) também abordou a crise na educação, referindo-se à greve programada dos professores, afirmando que o movimento “tem toda a minha solidariedade”, lembrando que o acordo de 2018 de reajuste de 9,38%, já foi pago e agora os professores querem os 15% referente à nova data base. “A reivindicação é justa e verídica”, elogiando o posicionamento dos sindicalistas, através da professora Ana Cristina Rodrigues, presidente do Sindicato dos Professores.

Os 100 dias de administração do governador Wilson Lima, completados nesta quarta-feira, foram motivo de pronunciamentos dos deputados Wilker Barreto (PHS) e Dermilson Chagas (PP), pela oposição, e de Dr. Gomes e Joana Darc, pela base aliada. Wilker questionou a crise na saúde, afirmando que nesse período de 10 dias, o governo já começa a perder diálogo com as categorias de servidores e não apresentou ainda uma proposta real de mudança; Dermilson denunciou a licitação para a contratação de 1.181 monitores paramédicos, ao custo de R$ 30 mil cada, e pediu a convocação da Cooperativa de Cirurgiões para esclarecer esse contrato.

Pela base aliada, a defesa do governo foi feita pelo deputado Dr. Gomes, que mostrou relatório da administração, destacando as ações positivas realizadas durante o período, como exemplo o contingenciamento de 20%, com cortes de despesa 312 milhões de economia até o final do ano, que vão permitir a ampliação de serviços, conceder reajustes e fazer concursos, além de retomadas de obras. A deputada Joana Darc deu como exemplo dos avanços do governo o pagamento de mais de R$ 300 milhões de contratos de empresa terceirizadas, oriundos de uma dívida de mais de R$ 600 milhões, deixadas pelo governo anterior.

Outros assuntos foram debatidos pelos deputados Sinésio Campos (PT), referente a pauta sobre rotas de transporte, levada ao Ministério dos Transportes e Infraestrutura pela Aleam, tendo à frente o presidente Josué Neto (PSD); a criação de novos pelos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) nos municípios do interior, pelo deputado Carlinhos Bessa (PV); a manutenção dos buracos na rodovia AM-070, Manaus-Manacapuru, pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), pelo deputado Abdala Fraxe (Podemos); a Operação SOS enchente da prefeitura de Manaus, pelo deputado Fausto Junior (PV); e Augusto Ferraz (DEM) cobrou respeito com os prefeitos pelos secretários estaduais, na troca de servidores do interior.