O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta quarta-feira (25), o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%. A medida, que também eleva a mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, foi tomada como resposta preventiva à alta dos preços internacionais do petróleo provocada pelo conflito entre Israel e Irã.
Novas regras valem a partir de 1º de agosto de 2025
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a nova proporção passará a valer a partir de 1º de agosto de 2025. O objetivo é fortalecer a segurança energética do país e antecipar medidas que reduzam os impactos econômicos do agravamento das tensões no Oriente Médio.
Redução de preços e autossuficiência energética
Com a medida, o governo espera reduzir os preços dos combustíveis nas bombas, aproveitando o menor custo do etanol em relação à gasolina. Além disso, o país poderá alcançar autossuficiência e se tornar exportador de gasolina com etanol, com estimativa de superávit de até 700 milhões de litros por ano.
Contexto internacional e Lei do Combustível do Futuro
O aumento da mistura tem como pano de fundo a possibilidade de bloqueios na região do Estreito de Ormuz, rota crítica para o transporte de petróleo. A mudança está amparada pela Lei do Combustível do Futuro, sancionada em 2024, que permite a adição de até 35% de etanol na gasolina, fomentando o uso de biocombustíveis e a sustentabilidade no setor energético.
