Governo apresentará contraproposta aos professores da SEDUC na quinta-feira

Parada há duas semanas, categoria quer 15% de reajuste. Durante as negociações, Executivo ofereceu 3,93%. | Foto: Júnior Matos

O Governo do Amazonas divulgou hoje (30) que pretende apresentar na próxima quinta-feira (2), aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) e Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), a análise dos estudos econômicos entregues por eles ao Executivo na manhã de ontem. A greve dos professores da rede estadual, iniciada no último dia 15, completou duas semanas nessa segunda-feira.

Segundo nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), está esperando a indicação dos nomes dos representantes do Sinteam para marcar horário e local da apresentação do estudo técnico. Os representantes do Asprom já foram definidos.

“Nós avaliamos tudo o que nos foi passado. Vimos detalhadamente os dados e queremos, agora, apresentar nossa contraproposta. Mas precisamos dos nomes dos representantes do Sinteam senão não temos como avançar”, disse o secretário estadual de Fazenda, Alex Del Giglio.

Durante reunião com o vice-governador Carlos Almeida Filho, nessa segunda-feira à noite, ficou acertado que técnicos da Sefaz avaliariam os estudos e discutiriam com os professores indicados pelos sindicatos e estes levariam para avaliação da categoria.

O estudo entregue pelo Sinteam ao Governo foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Nele é apontada a necessidade de 4,73% de reposição da inflação e perdas do poder de compra da ordem de 10,6% por parte dos professores nos últimos anos. Nas negociações da data-base, enquanto os professores pedem 15% de reajuste, o Executivo oferece 3,93%.

Reajuste imediato

O Governo quer enviar imediatamente à Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) o projeto de lei concedendo de imediato o reajuste de 3,93% referente à reposição da inflação do período de 12 meses até a data-base, em março de 2019.

Segundo o vice-governador, Carlos Almeida Filho, o envio depende somente de autorização dos sindicatos para fazer isso. “Podemos enviar nova lei no futuro caso a negociação avance, mas já gostaríamos de assegurar imediatamente os 3,93% e não fazemos porque estamos esperando autorização dos sindicatos”, afirmou.

Por A CRÍTICA