Gerente de banco é preso suspeito de ser cúmplice de roubo na própria agência

Segundo a Polícia Civil de Natal (RN), ele subtraía barras de ouro da agência e com medo de ser descoberto em uma auditoria forjou o roubo.

Um gerente de um banco de Natal, no Rio Grande do Norte, foi preso nesta quarta-feira, 14, suspeito de estar envolvido em um roubo que ocorreu em janeiro deste ano na própria agência bancária que ele trabalhava. De início, o suspeito afirmou à polícia que tinha sido rendido e agredido pelo assaltante. Uma amiga do gerente e outros suspeitos também são alvos de investigação. O caso foi divulgado pela TV Ponta Negra, afiliada ao SBT na região.

Segundo relatado pela delegada da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Natal, Daniella Filgueira, em novembro a polícia já havia deflagrado a 1ª fase da Operação “Poker Face”, em que foram cumpridos três mandados de busca e apreensão relacionados ao crime. Além disso, durante as diligências, a equipe chegou até um suspeito de 22 anos, que confessou à polícia participação no roubo.

“Até o deflagramento da 1ª fase da Operação “Poker Face”, mês passado, a gente já tinha indícios da participação do gerente. Por que, conforme vimos em imagens [de câmeras de monitoramento] tudo que ele falou não passava de uma encenação toda preparada e armada”, explicou ela à TV Ponta Negra. O crime ocorreu em uma agência do Banco do Brasil.

Ainda segundo a autoridade policial informou ao telejornal, os investigadores enviaram à Polícia Federal os celulares e notebooks apreendidos, e os dados obtidos levaram aos outros suspeitos. “Assim foi descoberto todo o plano criminoso”, disse ela.

“Agora temos prova material que coloca o gerente como o mentor desse crime. Na verdade ele já vinha subtraindo barras de ouro [do banco] e em desespero, porque a agência passaria por uma espécie de auditoria, entrou em contato com uma das suspeitas [amiga dele] e pediu para que ela conseguisse alguém para simular o assalto na agência bancária e justificar o desfalque de mais de R$ 1 milhão”, acrescentou a delegada.

Ainda segundo Daniella, o inquérito foi instaurado porque o gerente tentou atrapalhar toda a investigação, e chegou a alegar que ficou com problemas psicológicos e físicos após o ocorrido. “Durante o decorrer das investigações percebemos qe diversos procedimentos de segurança do banco não foram seguidos pelo gerente, mas ele dizia que travou, surtou, que havia sido vítima de violência, só que nas próprias imagens vimos que ele estava mentindo”, afirmou.

A delegada também afirmou que o criminoso que roubou o banco afirmou à polícia que só cometeu o crime porque o gerente garantiu que facilitaria a entrada, permanência e saída dele do local. Segundo a polícia, o homem que entrou na agência recebeu R$ 10 mil pelo crime. “Fechamos as investigações com seis pessoas indiciadas, sendo o gerente e uma amiga pessoal dele considerados os mentores do crime”, explicou a delegada para o jornal.

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