EUA — Um véu de mistério cobre a morte do lendário ator Gene Hackman e de sua esposa, Betsy Arakawa, encontrados sem vida em sua residência na quinta-feira, 27 de fevereiro. O xerife Adan Mendoza, em entrevista na sexta, estima que o casal faleceu cerca de nove dias antes, por volta de 17 de fevereiro – data do último sinal emitido pelo marca-passo de Hackman. Junto a eles, um pastor alemão também foi achado morto, enquanto dois outros cães da família sobreviveram.
A cena, descoberta após o alerta desesperado de um zelador local, revelou detalhes intrigantes. Betsy jazia no banheiro, cercada por um aquecedor, um frasco de comprimidos aberto e pílulas espalhadas, seu corpo já em decomposição. Gene repousava em outra sala, distante. Nenhum sinal de violência marcou os corpos, conforme a autópsia preliminar divulgada no dia 28. A polícia trabalha com múltiplas hipóteses: duplo homicídio, suicídio, acidente ou causas naturais. Nada está descartado.
A família suspeita de envenenamento por monóxido de carbono, mas os bombeiros não detectaram vazamentos. O que resta é um quebra-cabeça sombrio: uma porta aberta, um cão morto a poucos metros de Betsy, e dois sobreviventes caninos vagando entre o luto e o silêncio. A investigação segue, mas as respostas, por ora, permanecem tão inertes quanto a casa que abrigou o fim de uma era.
