Fumaça toma conta de Manaus

Manaus (AM) — Manaus amanheceu mais uma vez encoberta por uma densa camada de fumaça neste domingo (11), com a qualidade do ar em diversos bairros classificada como “muito ruim”. A capital amazonense enfrenta uma grave crise ambiental, com as queimadas no sul do estado sendo as principais responsáveis pela intensa poluição.

Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), bairros como Vila Buriti, Crespo, Cachoeirinha, Centro, Japiim, Coroado, Alvorada, Compensa, Parque 10 de Novembro e Chapada registraram níveis alarmantes de poluentes no ar, com índices muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Defesa Civil explicou que uma frente fria alterou a direção dos ventos, transportando a fumaça das queimadas para a região metropolitana de Manaus, intensificando o problema.

A situação é tão grave que o Amazonas decretou estado de emergência ambiental devido aos inúmeros focos de calor. 22 dos 62 municípios amazonenses estão em situação crítica, com a proibição de qualquer tipo de queima, inclusive as controladas.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam um cenário alarmante: julho de 2024 foi o mês com maior número de queimadas na Amazônia desde 1998, com mais de 4 mil focos de incêndio registrados apenas no Amazonas.

A intensa poluição do ar causada pelas queimadas representa um grave risco à saúde da população, podendo provocar problemas respiratórios, alergias e outras complicações. Especialistas alertam para a necessidade de medidas urgentes para combater as queimadas e melhorar a qualidade do ar em Manaus.