Fuga de presídio completa um mês com agressão, reféns e terror em Mossoró

Apesar do constrangimento das forças de segurança, ministro da Justiça avalia operação como "bem-sucedida".

A primeira fuga de uma penitenciária federal de segurança máxima completa um mês e expõe dificuldades de autoridades do governo Lula, que estão há 30 dias sob o constrangimento de não conseguirem capturar Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que deixaram o presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em uma ação repleta de falhas na segurança.

A operação para tentar capturar os criminosos mobiliza mais de 600 homens, incluindo a Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Desde 14 de fevereiro, os bandidos invadiram três casas, fizeram uma família refém, agrediram um morador da região, roubaram roupas, alimentos e celulares.

A última vez em que os criminosos foram avistados foi no início do mês, 3 de março. O dono de um galpão agrícola apanhou dos fugitivos após dizer que não tinha um celular.

Os criminosos foram vistos pela última vez na zona rural da cidade de Baraúna, localizada na divisa dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. (Foto: Divulgação).

Apesar do terror imposto aos moradores da região e do drible que humilha as autoridades federais, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, diz que a ação é “bem-sucedida”.

“Quando eu quero dizer que a operação foi bem-sucedida, foi no sentido de que conseguimos manter eles dentro desse perímetro. Seria malsucedida, um fracasso relativo, se [eles] tivessem evadido e ido para outro estado”, disse Lewandowski em entrevista coletiva ontem (13), em Mossoró.