Franceses levam Macron a governar com a direita

Emmanuel Macron sai da cabine de votação antes de votar no primeiro turno das eleições parlamentares em uma seção eleitoral em Le Touquet, norte da França.

Os franceses começaram neste domingo (30) a escolher novos integrantes da Assembleia Nacional, após o presidente Emmanuel Macron dissolver o parlamento. Mas o movimento deve elevar a representação da direita a um maior protagonismo, e até a governar com o centrismo de Macron. A votação iniciada será encerrada às 20h na Franca, 15h no horário de Brasília.

A iniciativa de antecipar as eleições para 577 integrantes do parlamento francês, com 2º turno previsto para a próxima sexta (7), não trará o efeito esperado por Macron, segundo pesquisas divulgadas pela imprensa francesa. Porque a escolha do primeiro-ministro deve ficar nas mãos do partido Reunião Nacionall (RN), de Marine Le Pen, que derrotou o partido Renascença, de Macron, no início deste mês de junho.

O mandato presidencial de Macron vai até 2027, limite para seguir a política externa, europeia e de defesa do país, enquanto a Assembleia Nacional aprovará leis para a política interna, como impostos, educação, pensões, e imigração. E o conflito ideológico ameaça o funcionamento do governo, caso haja a chamada “coabitação” da extrema direita com a aliança centrista do presidente.