
NOVO MÉXICO, EUA — A morte do lendário ator Gene Hackman, aos 93 anos, e de sua esposa, Betsy Arakawa, em fevereiro deste ano, revelou uma disputa potencialmente milionária envolvendo sua fortuna estimada em mais de US$ 80 milhões. De acordo com documentos obtidos pelo site TMZ, Hackman deixou todos os seus bens para Arakawa, sem mencionar seus três filhos do primeiro casamento no testamento. Agora, a ausência de referência aos herdeiros pode desencadear uma batalha judicial.
Betsy Arakawa faleceu no dia 11 de fevereiro, vítima de um hantavírus transmitido por ratos, e Hackman morreu sete dias depois, supostamente por causas naturais. A diferença entre as datas dos óbitos complica a divisão dos bens conforme a legislação do Novo México, onde o casal residia. O testamento de Hackman, assinado em 2005, nomeava Arakawa como sucessora de seu fundo fiduciário. No entanto, o documento de Arakawa determinava que seus próprios bens fossem destinados a instituições de caridade e ao pagamento de dívidas médicas, caso o marido também estivesse falecido.
A exclusão dos filhos de Hackman — Christopher Allen, 65, Leslie Anne, 58, e Elizabeth Jean, 62 — gerou polêmica e aumentou as especulações sobre o destino da herança. Christopher Allen já contratou o renomado advogado Andrew M. Katzenstein para avaliar possíveis ações legais contra a divisão dos bens.
O relacionamento de Hackman com os filhos sempre foi cercado de mistério. Ele admitiu publicamente ter perdido contato com Christopher ainda na infância, enquanto manteve laços mais próximos com Leslie e Elizabeth nos últimos anos, embora sem registros de encontros frequentes. Essa complexidade emocional adiciona camadas ao caso, levantando questões sobre os motivos que levaram o ator a omitir os herdeiros de seu planejamento patrimonial.
Enquanto isso, o futuro da herança permanece incerto, com possíveis disputas judiciais à vista. Resta saber se os filhos de Hackman conseguirão reivindicar parte dos bens ou se a vontade expressa no testamento será integralmente respeitada.